Palestrantes

Palestra de Abertura: dia 18 de setembro – 16h00

– Prof. Arthur Belford Powell, Professor of Mathematics Education, Department of Urban Education,

Rutgers University-Newark

Título: Educação Matemática e Tecnologia: Aprendizagem por meio de Colaboração Online

Resumo: As tecnologias de informação e comunicação geram novas realidades e implicam desafios fundamentais para a Educação Matemática. Um dos desafios é a necessidade de colaboração entre indivíduos para resolver de problemas, elaborar projetos e desenvolver de novos produtos, mídias e serviços para melhorar a vida do planeta e de seus habitantes. Com a ajuda de seus professores, os habitantes do planeta que são estudantes podem estender suas habilidades de colaborar na resolução de problemas. Como isso pode acontecer dentro do contexto de Educação Matemática com o uso de tecnologia digitais? Na apresentação, examinaremos um projeto de aperfeiçoamento profissional que usa uns aplicativos online para engajar professores que ensinam Matemática aprenderem colaborativamente a Geometria Dinâmica e como eles depois trabalham com seus estudantes. Também, elaboraremos caraterísticas de tarefas matemáticas que facilitam a aprendizagem por meio de colaboração online. No final da apresentação, mencionaremos áreas que o projeto quer desenvolver e investigar.

Palavras-chave: Colaboração, Geometria Dinâmica, Tecnologia online

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Palestra 1: dia 19 de setembro – 14h00

– Profª. Cláudia Sepulveda (UEFS)

Título: Ensino de Ciências e Educação das relações étnico-raciais.

Resumo: A educação das relações étnico-raciais deriva de movimentos sociais comprometidos com a luta antirracista e encontra-se instituída atualmente por legislação específica, a exemplos das leis 10.639/2003 e 11.645/2008, segundo as quais a História e Cultura AfroBrasileira, Africana e Indígena devem ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, configurando-se enquanto demanda para todas as áreas do conhecimento. Pretendemos argumentar que as disciplinas da área de Ciências da Natureza não só podem como devem assumir a responsabilidade de contribuir com essa modalidade de ensino, dada o papel histórico na construção do conceito biológico de raça e de seu uso em discursos e práticas que levaram /levam a segregação e marginalização de grupos humanas. Apresentaremos propostas de temas, abordagens curriculares e intervenções educacionais formais e informais por meio dos quais o ensino de ciências pode atender a principais demandas das relações étnico-raciais tendo por base dois grandes eixos: a história passada e recente do racismo científico; o exame das contribuições do povo africano para o conhecimento científico e tecnológico..

Palavras-chave: racismo científico, conceito de raça, relações étnico-raciais.

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Palestra 2: dia 20 de setembro – 14h00

– Profª. Rosária Justi (UFMG)

Título: Contribuições do Ensino Fundamentado em Modelagem para a Aprendizagem de e sobre Ciências.

Resumo: O desenvolvimento do conhecimento científico relativo a qualquer fenômeno se relaciona com a criação de uma série de modelos com diferentes abrangências e poder de previsão e a contínua revisão desses modelos. Tal processo mental é denominado modelagem. Assim, o que chamamos de ensino fundamentado em modelagem (EFM) consiste em envolver estudantes nesta prática científica de forma que ela se torne epistêmica, isto é, resulte na produção de conhecimento. Nesta palestra, apresentamos os princípios básicos do EFM e discutimos, a partir de resultados empíricos obtidos nos últimos 15 anos, as possíveis contribuições do mesmo para que os estudantes aprendam os temas científicos ou sociocientíficos envolvidos, assim como sobre a própria ciência e suas práticas.

Palavras-chave: Ensino Fundamentado em Modelagem, Natureza da Ciência, Práticas Epistêmicas.

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Palestra 3: dia 21 de setembro – 14h00

– Prof. Maurício Pietrocola (USP)

Título: Emoções e cultura didática.

Resumo: Uma tendência atual na área de Educação tem sido analisar os processos de ensino aprendizagem pelo viés da produção de cultura em meio a estados emocionais coletivos na escola. A proposta desta palestra visa aprofundar a noção de cultura e sua relação com as emoções, em particular tomando como referencia a sociologia das emoções e a história cultural. Desta forma esperamos poder avaliar as implicações de tais abordagens no entendimento de com problemas de ensino das ciências, em especial aqueles que envolvem a definição de currículos, materiais didáticos e os processos de ensino e de aprendizagem e a formação de professores. Neste sentido, a palestra se propõe a lançar luz e foco sobre a complexidade das situações de sala de aula a partir do par cultura didática e emoções. O reconhecimento da complexidade das relações presentes no contexto educacional, em especial àqueles que ocorrem em situações reais de sala de aula indica a necessidade de considerar os vários níveis de análise: macro-escala, meso-escala e micro-escala. Outro aspecto da palestra é apresentar métodos e metodologias compatíveis com o uso de tais referenciais teóricos e das abordagens multi níveis, de modo a oferecer resultados de pesquisa sobre a atuação de professores de Física. Estas metodologias e métodos incluirão uso de conversações, de prosódia, de expressão facial, de clima emocional, de interações de grupos, entre outros. Para tanto, serão apresentadas técnicas que se utilizem de dispositivos tecnológicos capazes de transmissão de dados via bluetooth, tais como clickers para respostas em tempo real de audiências, oxímetros e softwares de análise de imagens e videos). Esta linha de pesquisa tem conseguido se adequar bem para tratar situações reais de sala de aula, contexto onde se materializa o risco didático e a necessidade de seu gerenciamento.

Palavras-chave: Emoções, rituais de interação, cultura didática